BrinCadeiras
"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
28 abril 2024
19 abril 2024
A liberdade é traiçoeira
Numa altura em que se tentam descobrir tantas e tão perversas maneiras de baixar a garimpa à liberdade, comemorar o 25 de Abril não é só importante – é fundamental. Para que um dia não sintamos saudades daquilo que só demos pela falta quando já lá não estava.
14 abril 2024
TOM MEDINA é liberdade...
10 abril 2024
não facilito estupidezes, não alimento burrices
28 março 2024
Excelente descoberta: uma conversa!
12 março 2024
E assim vai o país, Marcelo!
79 deputados do PSD; 77 do PS; 48 para o CHEGA; 8 da Iniciativa
Liberal; 5 no Bloco de Esquerda; 4 na CDU (Coligação Democrática
Unitária), no LIVRE e por apurar.
Um parlamento com 230 deputados na AR com 48 do Chega é muita oratória falhada.
O centro encontra-se em empate técnico à espera que os emigrantes desempatem: nenhum dos líderes centrais (Montenegro pelo PSD e Pedro Nuno Santos pelo PS) convencem.
Neste momento, fica o país a perder, com um elefante na sala chamado ‘CHEGA’ que a ver pelo Líder só pode piorar, se é ele aquela burlesca criatura para quê continuar!?
O Livre apresenta um grupo parlamentar e perde a imagem de
ser unipessoal; e ganha nome como “esquerda verde e europeísta”. São eles,
Rui Tavares, Isabel Mendes Lopes,
Jorge Pinto e Paulo Muacho.
11 março 2024
onde pode ser o voto de contestação? hummm... no Chega!
10 março 2024
postal do dia por Luís Osório
09 março 2024
.Nancy Vieira apresentação de Gente no B'Leza
08 março 2024
- Crónica Feminina –
- Crónica Feminina –
Talvez se dê menos importância à mulher do que seja devido.
Ela não é só cuidado, tem nela uma força que vai para lá do corpo e
da razão.
É quase natural a forma como se impõe sem medo na alma, tem
força não musculada.
É pena só no dia de hoje, 08 de março, percebermos isso ou hoje
damos-lhe mais importância, mas ELA é inspiração onde nós só
somos
expiração.
Nós e elas não estamos em luta, ela é superior ao ser humano, sem
ela não existias.
Todos nós viemos, nascemos do corpo de uma mulher.
O homem apropriou-se do espaço público quando a mulher estava
preocupada a cuidar dos futuros homens e mulheres. Ela é que cria
igualdades
Há uma luta de géneros e gerações anterior aos nascimentos.
Só recentemente, a mulher ganhou um espaço envergonhado na
política e com menos à-vontade masculina, têm mais treino!
Porquê? Porque há uma forma de ocupar o palco machista.
Ela é mais discreta, menos presunçosa.
Ela é o lugar que se aprende a dar ao outro.
Legislativas 2024: o que quer o LIVRE para as pessoas com deficiência?
06 março 2024
Futuro és de novo o meu país LIVRE;
Queremos mais e sabemos que esse “mais” não só é possível como é necessário. Esta nossa esperança é uma força, é uma inspiração, é uma exigência.
Queremos um Portugal mais justo e mais vivo: um Estado social fortalecido, que não se contente com mínimos, mas que crie condições para que cada um possa ser o máximo de si próprio.
Queremos trazer para os lugares de decisão uma visão ecológica, que não seja mero carimbo para momentos eleitorais, mas que se traduza numa ação real, quotidiana, transversal a todas áreas, de proteção do planeta e de cuidado para com a natureza.
Queremos um país positivo, ambicioso, onde a ciência, a educação, a cultura não sejam vistas como “custos”, mas como os “trunfos” que, de facto, são. Um país que ligue o conhecimento à vida e à economia real, e que consiga guardar os seus talentos para vencer na Europa e no mundo.
Nos cinquenta anos do 25 de Abril, queremos um país ainda mais Livre.
02 março 2024
Ajuda
‘A cidade de Lisboa está dividida em
24 freguesias agrupadas (…)
A freguesia da Ajuda foi uma das mantidas aquando da organização
administrativa da cidade de Lisboa.’ (in Wikipédia, no dia de hoje, 02 de março
de 24)
Ah, não era isto: este texto vai servir-se muito da Analogia como ajuda
para se expressar.
Em todos os momentos do jogo há ajuda, é interventiva e interfere,
pedindo licença, quase sempre: posso ajudar é uma expressão muito
ouvida.
Desde o início ao fim, pelo meio e/ou nos intervalos, é quando se joga
a vida que se ajuda.
Vivemos num clima de ajuda mútua; todas as personagens se enquadram no
seu papel na peça ativa da vida, no filme vivido não se sabe, por vezes, se
ajudamos ou somos ajudados; é a tal história da interdependência.
E as personagens, que somos nós, vivem/vivemos dando mais importância
ou menos ao seu papel de ser mais ou menos egoístas e/ou altruístas, dar mais
e/ou menos ajuda.
Desde o nascimento à morte.
Em qualquer situação que penses existe uma ajuda.
Seja ela feita como autoajuda ou para quem vive connosco.
Em todas as situações e rotinas, na vida, que pensas fazer.
Ajuda é uma palavra banal para definir o Amor que existe em todas as
relações e acontecimentos no dia a dia.
Os bebés, recém-nascidos, velhotes precisam de mais ajuda, são mais
dependentes e por vivermos numa sociedade onde existimos uns com/para os
outros, ajudamos para combatermos as necessidades.
Não está mal distribuída a
ajuda, há sempre muitas mãos a querer ajudar em qualquer lado: ajudar ajuda e a
prestação de cuidados é feita, mesmo que não queiras, por inúmeras mãos,
quando circulas em cadeira de rodas.
Não é consensual esta questão
no meu staff, mas acho que podia ser bem pior.
Há que saber ser ajudado
também, embora ganhes truques e formas de fazer particulares quando te tornes
limitado.
É conhecido pelo meu staff de
cuidadores que me devem trancar o pé esquerdo para levantar da cadeira de
rodas.
Há pessoas com o dom de saber
ajudar, e melhoram a vida!
Todos precisamos de ajuda e de
ajudar, faz parte do jogo social esta interação: todos temos profissões que
interagem com outras de que beneficiamos.
Todos precisamos de pão,
leite, vegetais, frutas, carne e peixe e quem os cria clientes, todos
precisamos de alimentação e dinheirinho para suster as necessidades.
O dinheiro e o mercado são das
mais belas invenções do ser humano.
Todos precisamos da paz, do
pão, da educação, da saúde e da habitação e com estas cinco palavrinhas apenas
nascem cuidados e profissões.
Mães, pais, avós e avôs,
amigos, familiares, colegas são parte de cada um dos grupos abaixo. Todos podem
interagir e interagem uns com os outros.
A sociedade é móvel, dinâmica
e comunicativa
Paz: PSP, GNR, BV…,
seguranças.
Pão: mercadores, cozinheiros,
merceeiros, etc.
Educação: professores,
educadores, animadores, etc.
Saúde: auxiliares,
enfermeiros, terapeutas, médicos, etc.
Habitação: Arquitetos,
engenheiros, obreiros, etc.
Sociedades tão diferentes como
a da Argentina, a do Canadá, a da Guiné, a de Portugal, do Vietname com
mudanças assombrosas de pessoa para pessoa (internamente os feitios mudam hora
a hora), de casa para casa, de divisão para divisão, de rua para rua, cidade
para cidade, de país para país, de época para época mudam imenso.
A ajuda pode ser dada de
muitas formas diferentes: a ajuda é um conceito muito lato e todos podem e
devem participar na vida pública interagindo com os outros.
Usufruo mais de ajuda do que
os outros desde que o automóvel foi surfar fora da estrada e posso dizer que a
sociedade não está nada mal protegida desde o início.
Tornei-me resiliente, o que
ajuda, é como um comprimido que deve ser tragado embebido em otimismo.
Plátano – ambulância – hospital – hospital –
hospital (centros clínicos - Fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da
fala, hidroterapia, hipoterapia, reiki e alternativas) – contactos com
amigos – visitas que vêm abrandando até já não estar em perigo.
A ajuda tem sido intensa, por
muitas mãos já passou este belo corpinho, muito amor. (isto
soou muito mal…)
Foi um autoconhecimento do EU
e de muitos que se tornaram mais próximos e entre eles: ‘iam visitar o Belo
Adormecido!’, em matilha, quando estava em coma.
Iam ajudar: se não fosse esta
Ajuda que me puxou para CÁ, tinha ficado LÁ!
29 fevereiro 2024
- Os livros oferecem desafios –
68 – A Amizade –
Não é sorte.
Ou, talvez seja, encontrar tal pessoa X em dado lugar Y em Z
tempo possa ser acaso, mas manter a relação já implica gostares, necessitares
algo nela.
A necessidade fica aquém do grau de amor que uma amizade
precisa.
Há gente com muita qualidade a manter amizades, nunca uma
amizade é mantida apenas por uma pessoa, no entanto: ‘eu não tenho amigos
porque amigos me não têm!’
Um conhecido que vês uma vez ou duas não se pode chamar de
amigo, é provável que nunca mais se vejam se não fizerem por isso.
Nem sempre estamos abertos para a amizade, nem sempre temos
vontade de estar com essas pessoas.
A amizade é mais dada às pessoas que são extrovertidas, pouco
introvertidas.
Fazem mais facilmente amigos, as pessoas que saem da caixa
constantemente.
Talvez não: há vários tipos de amizades.
É individual, mas há quem só a conheça em grupo.
Há pessoas e profissões que sabem ser amigas, profissões da
saúde e do cuidado onde és melhor por tratares bem do outro.
Pode praticar-se a amizade: o bem receber e acolher num
sorriso.
Que têm na sua personalidade ser amigas.
Em grupos que se encontram habitualmente há sempre rotinas da
amizade a que sabe bem regressar e reencontrar porque sabe bem-estar com
aquelas pessoas.
Adoça-te a alma, gostas de pensar nelas.
Diariamente,
Semanalmente,
Mensalmente,
Anualmente.
Só no telemóvel ou por email.
Só por escrito ou por voz.
Conservar amigos implica vontade, trabalhar para isso.
Não é certa, a amizade, é preciso sabermos cuidar dela.
Não é constante.
Deixá-la respirar.
Quando andas em grupo e tens atividades parece mais óbvio.
Quando és calado, isolado, introvertido talvez prefiras estar
longe dos amigos.
O tempo e o espaço são dois padrões, limites.
Não há regras para a amizade, é daquelas magias humanas e
sociais que cada um utiliza como, quando e onde quer.
23 fevereiro 2024
- Solidão –
Eu não ando só, só ando em boa
companhia!
Antes só que mal acompanhado.
É preciso grande saber para ser feliz
sozinho.
Aprender e há pessoas que têm grande
qualidade no estar sozinho.
Há outras que ganham energia nas
outras pessoas.
Nunca ninguém está realmente sozinho.
Só talvez quando pensas e imaginas
sonhos.
Sozinho: ou está sempre ou nunca.
Depende do que consideras que é estar
sozinho.
Podemos estar cheios de pessoas à
volta.
E sentir solidão sem termos sótão.
Basta que não estejamos em sintonia
com os outros.
Ter muitos amigos e nenhum perto.
Atualmente, dificilmente, estás só,
na prática.
Só se quiseres, e, às vezes, nem
querendo.
Em teoria, podes sempre escolher
estar acompanhado.
Por telemóvel.
Por computador.
Por televisão.
Podes sempre preferir, e às vezes,
conseguir ter o privilégio de estar sozinha.
Há quem tenha grande qualidade a
estar sozinha.
É preciso ter experiência, treino.
Há quem tenha tele móvel.
E pouco contato com eles.
Com pessoas.
Gente estranha.
Refugiada.
O telemóvel já pouco serve para
conversar, falar.
Estar só é bom, pode ser
gratificante.
Quando a casa está repleta de gente.
Na multidão às vezes esconderes-te é
um refúgio.
No silêncio da noite.
No silêncio.
Há alturas em que é claustrofóbico
estar no meio das multidões.
No trânsito.
Em fila.
No comboio na primeira e na última carruagem.
o processo educativo...
- O
Processo educativo –
Processo
educativo torna o tema pesado.
A
ideia de processo é fabril.
Ultrapassa
a ideia de família e de casa.
De
filho passas a ser aluno.
Educação
é mais artesanal e primária.
Mais
escolar.
De mãe
e pai passas a ter professoras e professores.
Doutoras
e doutores,
Cientistas
e mestres.
Nas
mais variadas áreas,
Conhecimentos
E
interesses.
Sais
de casa para as escolas.
Há
muitos locais onde és pessoa e nele há uma troca onde educas e és educado.
Em
todas as relações te formas, cresces, melhoras e/ou pioras.
Tenho
ideia de que o crescimento.
É feito ao longo da vida, Step by Step.
Nunca paras de crescer, é vida, é o nosso fado!
Podemos ser educados em todo o lado, até no WhatsApp!
Pode
nem sempre complicado,
Nem sempre
ser pesado.
Ser
mais leve e livre.
Mais
descontraído.
Não é
defeito, é feitio.
Todos
somos melhor ou mais mal-educados.
E há
nesta coisa da sociedade complicações.
E
simplicidades.
Para
cada um.
Cada
pessoa.
Cada
espaço tem cuidado nas relações.
É
preciso alguma vontade de seres melhor.
Ser
melhor não é o mesmo para toda a gente.
Se
conseguirmos guardar o Amor com que fomos criados.
Oiço
muita gente queixar-se da escola.
Que
nos padroniza, forma iguais.
É com
cada um ser diferente.
E
identificar suas diferenças.
Se
queremos como pais proteger os filhos.
Talvez
seja uma intrusão num papel de professor
Treinador
que não é nosso e os educadores são cada vez mais.
Somos
todos educadores uns dos outros.
Devemos
acreditar no papel social.
E
acreditar que a certa altura os filhos
Têm
que voar e seguir vidas a solo.
Ser
autónomos.
Todos
tivemos essa luta que na fase adolescente
É
complicada.
O processo
será sempre diferente por mais alunos, filhos, professores e pais existam.
Por
mais pessoas que existam serão sempre diferentes.
Não há
duas vidas iguais.
20 fevereiro 2024
OUVIR este senhor, Luís Osório, alimenta o dia!!!
1. Diogo Ribeiro tem 19 anos e alcançou o topo do mundo.
Fê-lo numa modalidade onde os maiores especialistas diziam que nunca um português haveria de ganhar uma medalha de ouro – e se quisessem candidatar-se a um milagre teriam de treinar nos Estados Unidos ou num centro de alto rendimento em Londres, Paris ou Melbourne. Diogo Ribeiro tem 19 anos, pouco mais de 1,80 metros, nunca treinou fora de Portugal e é bicampeão do mundo de natação numa especialidade de gigantes de dois metros, os 50 e 100 metros mariposa, as últimas provas em que um português poderia ganhar se porventura acreditasse em milagres.
2.
Ainda não tem vinte anos, mas aquilo que viveu ofereceu-lhe a possibilidade de ter experiências para a troca – é como se tivesse três ou quatro coleções de cromos a mais que agora distribui pelos lugares e pessoas por onde passa.
É que Diogo Ribeiro ainda há dois anos estava numa cama de hospital depois de um desastre de mota.
Quando viu a cara pesarosa dos médicos que o receberam teve a certeza absoluta, mesmo que por umas horas, de que não iria voltar a poder competir, que nunca mais poderia regressar a uma piscina.
Ficou internado com hematomas em todo o corpo, queimaduras nas pernas, um pé fraturado, uma enorme dificuldade em respirar, o ombro deslocado e sem um bocadinho do indicador direito.
Chorou pelo fim de uma carreira em que acreditava.
Só que as lágrimas deram lugar ao combate.
Os exames foram animadores e ele recuperou.
Um mês de cama onde pensou muito sobre o que desejava para si. Sobre os erros que não poderia voltar a cometer. Sobre a dedicação que teria de ser multiplicada. No silêncio jurou que nunca mais falharia no essencial: fazer o melhor possível para atingir o seu limite era a única opção.
3.
E falou com o pai.
Um pai que mitificou a partir do momento que teve a consciência de que nunca mais o iria ver.
Um pai que perdeu aos 4 anos.
Um pai que o ajudou a definir-se na ausência e uma mãe que o definiu quase por completo. A Teresa que hoje também aplaudimos. Porque foi ela quem o convenceu a inscrever-se na natação para não se perder na obsessão por uma ausência.
Não se perdeu.
Na solidão de milhões de braçadas na piscina, o Diogo foi capaz de encontrar um sentido.
E depois na solidão de um hospital, foi capaz de encontrar o segredo para se tornar o melhor do mundo.
Aos 19 anos é o melhor nadador português da história.
E nos próximos Jogos Olímpicos poderá reservar o seu lugar no Olimpo.